27 de julho de 2006

reconhecimento

É também pela radical serenidade e pela excelência do profissionalismo com que cada um desempenha o seu ofício que podemos sonhar com um mundo melhor e com uma sociedade mais justa.
Será porventura exagerado agradecer ao cirurgião que nos salva a vida, ao professor que nos ensinou o prazer da leitura, ao advogado que nos fez justiça, ao trolha que nos ajeitou a casa, ao padeiro que nos moldou o papo-seco, ao funcionário que nos despachou o processo, ao homem que nos afastou da porta o saco do lixo, ao artista que nos emocionou.
Mas é um triste sinal dos tempos que sintamos esta necessidade de nos mostramos reconhecidos a quem faz bem o seu trabalho. Não porque quem o faz não mereça, apenas porque se trata de uma valorização mercantil: mais procura do que oferta.

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