Hipótese de trabalho:
A ser mensurável, o grau de cosmopolitismo de uma cidade é inversamente proporcional ao número de vezes que os jornais locais utilizam o palavra modernidade.
28 de abril de 2006
27 de abril de 2006
azar
Há azares assim, implacáveis e cruéis para com as suas vítimas.
Dizia ontem, na Rua Larga de Maio, o administrador da Figueira Grande Turismo, Nuno Encarnação, sobre o Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz:
Lê-se no Público (local-centro) de hoje:
Azar. O de Nuno Encarnação, mas sobretudo o nosso: não temos nem serviço público nem uma gestão "equilibrada" ou competente.
Dizia ontem, na Rua Larga de Maio, o administrador da Figueira Grande Turismo, Nuno Encarnação, sobre o Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz:
"Algumas das perguntas que naturalmente se fazem depois destes centros aparecerem, e cada vez são mais as autarquias envolvidas na construção deste tipo de equipamentos, buscam respostas muito concretas: Como gerir? Que receitas teremos para que estes Centros Culturais não sejam sorvedouros de dinheiros públicos? Queremos uma política cultural virada para as populações ou de costas voltadas para as suas mais directas preferências?
O exemplo do CAE é, a meu ver, bem sucedido. (...) Os mais distraídos dizem que fazemos uma programação 'comercial'. Eu diria, se me permitem, que fazemos uma programação repleta de sucessos. Outros dirão que quando um espectáculo não esgota ou só tem algumas dezenas de bilhetes comprados a culpa é do público, que não sabe o que é culturalmente bom. Eu diria que os senhores que programam para nichos são maus programadores e péssimos gestores públicos. E diria melhor - o segredo do êxito está no equilíbrio.
Felizmente, estas teses fabulosas do justificar o injustificável têm caído por terra. Os centros culturais têm de saber captar receitas, quer através das bilheteiras (e não dos convites, hábito há muito instalado no nosso país), quer no mecenato, quer noutro tipo de proventos que somos obrigados a inventar. (...)
Os dados estão à vista (...). Conseguimos ter uma das salas com uma taxa de ocupação média mais elevada, com muitos dos nossos espectáculos esgotados. Só assim é que a sala ganha credibilidade, é que se conseguem atrair produtores capazes de trazer grandes produções alugando o nosso espaço e arriscando bilheteira. Todos estes raciocínios são simples e triviais, não inventámos nada, apenas não queremos ser subsídio-dependentes, do Estado ou da autarquia. É com este pressuposto que também programamos, temos um enorme respeito pelo dinheiro dos contribuintes e dia após dia lutamos sempre nesse sentido, o de diminuir a despesa e aumentar a qualidade da nossa programação."
O exemplo do CAE é, a meu ver, bem sucedido. (...) Os mais distraídos dizem que fazemos uma programação 'comercial'. Eu diria, se me permitem, que fazemos uma programação repleta de sucessos. Outros dirão que quando um espectáculo não esgota ou só tem algumas dezenas de bilhetes comprados a culpa é do público, que não sabe o que é culturalmente bom. Eu diria que os senhores que programam para nichos são maus programadores e péssimos gestores públicos. E diria melhor - o segredo do êxito está no equilíbrio.
Felizmente, estas teses fabulosas do justificar o injustificável têm caído por terra. Os centros culturais têm de saber captar receitas, quer através das bilheteiras (e não dos convites, hábito há muito instalado no nosso país), quer no mecenato, quer noutro tipo de proventos que somos obrigados a inventar. (...)
Os dados estão à vista (...). Conseguimos ter uma das salas com uma taxa de ocupação média mais elevada, com muitos dos nossos espectáculos esgotados. Só assim é que a sala ganha credibilidade, é que se conseguem atrair produtores capazes de trazer grandes produções alugando o nosso espaço e arriscando bilheteira. Todos estes raciocínios são simples e triviais, não inventámos nada, apenas não queremos ser subsídio-dependentes, do Estado ou da autarquia. É com este pressuposto que também programamos, temos um enorme respeito pelo dinheiro dos contribuintes e dia após dia lutamos sempre nesse sentido, o de diminuir a despesa e aumentar a qualidade da nossa programação."
Lê-se no Público (local-centro) de hoje:
"As contas de 2005 da Empresa Municipal Figueira Grande Turismo (FGT), que gere o Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, foram ontem aprovadas pelo executivo municipal, com o voto de qualidade do presidente da autarquia, Duarte Silva. O relatório, que dá conta de um aumento de 1,5 milhões de euros no passivo da empresa, contou com quatro votos contra dos vereadores socialistas e quatro favoráveis dos vereadores do PSD, valendo à maioria o voto de Duarte Silva. (...)
Depois de dois anos de diminuição do passivo, em 2005 o défice da empresa subiu para 7,3 milhões de euros, um valor que Manuel Fernandes Thomaz [presidente do Conselho de Administração da FGT] considerou preocupante (...)".
Depois de dois anos de diminuição do passivo, em 2005 o défice da empresa subiu para 7,3 milhões de euros, um valor que Manuel Fernandes Thomaz [presidente do Conselho de Administração da FGT] considerou preocupante (...)".
Azar. O de Nuno Encarnação, mas sobretudo o nosso: não temos nem serviço público nem uma gestão "equilibrada" ou competente.
21 de abril de 2006
garantia
"- O que eu queria perguntar-lhe é se pode garantir que essas pessoas estavam mesmo possuídas por coisas estranhas.
- E pergunta muito bem. Mas esta gente há-de sempre querer que eu lhes garanta que não estavam."
in "Coisa Ruim" (mais coisa menos coisa).
- E pergunta muito bem. Mas esta gente há-de sempre querer que eu lhes garanta que não estavam."
in "Coisa Ruim" (mais coisa menos coisa).
17 de abril de 2006
11 de abril de 2006
1 de abril de 2006
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