8 de março de 2006

sonhar

Sonhar, Almada Negreiros

cuidado, meu filho
daquilo que não digo
por respeito a teus pais
cuidado, meu macho
daquilo que não digo
por amor às reais

não tentes testar
não faças aparecer
não vás descobrir
não te queiras opor
aquilo e aquilo que é capaz de fazer
um homem pasmado
que parou de sonhar.

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