Se há uma mensagem metapolítica em meus romances, é sempre uma mensagem, de uma maneira ou de outra, de um compromisso, compromisso doloroso, e da necessidade de escolher a vida em lugar da morte, a imperfeição da vida em lugar das perfeições da morte gloriosa. Este é meu compromisso, um dos meus vários compromissos.
Tanto é assim que sempre tenho duas canetas em minha mesa, duas canetas esferográficas muito simples, muito baratas, as quais tenho que repor a cada duas semanas, mas tenho sempre duas delas, uma preta e outra azul. Apenas para lembrar-me que quando escrevo um ensaio político é uma coisa, e quando escrevo uma história é outra. E não misturo.
Tanto é assim que sempre tenho duas canetas em minha mesa, duas canetas esferográficas muito simples, muito baratas, as quais tenho que repor a cada duas semanas, mas tenho sempre duas delas, uma preta e outra azul. Apenas para lembrar-me que quando escrevo um ensaio político é uma coisa, e quando escrevo uma história é outra. E não misturo.
Amós Oz, "O Antídoto da Imaginação", in Contra o Fanatismo (tradução de Denise Cabral de Oliveira). Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
Sem comentários:
Enviar um comentário