12 de setembro de 2006

assim

E eu esperava ali, ao pé daquela palmeira que eles deixaram ficar, pela tua mãe. Ficava a ver o anoitecer reflectido na parede do hotel, interrompido pelo quadriculado irregular das janelas dos quartos dos executivos, homens e mulheres, que iam descendo para o jantar. Às vezes pensava se teriam filhos, assim pequenos como tu eras, e em como conseguiam juntar tudo na mesma vida.
E em como é que conseguiam trabalhar, vindos de longe, deixando-os em casa, se calhar alguns também no hospital, indefesos como tu. Perguntava-me como é que se consegue viver assim.