2 de outubro de 2006

solano

Um vento calmo e sufocante que vem do leste.
Um vento maldito que enlouquece as pessoas e alimenta os moinhos.
Uma aragem seca e quente, que se insinua primeiro e que depois nos arromba os poros, nos invade, nos consome devagarinho e nos resseca as entranhas até que só palha, só forma, só estalidos cada vez mais ténues, até que por fim a desintegração total no turbilhão dos elementos e uma espécie de felicidade derramada em poeira na planura da mancha.

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