16 de junho de 2007

e)

- Estou?

Um telefonema que ainda não

- Graças a Deus Deus nos livre Deus nos guarde rezo a Deus por ti por nós por mim

De maneira que eu por agora só entre os clientes e o relógio por cima da porta, a aviá-los distraído, a distrair-me, a contar as bicas que faltam para a hora da visita, é só mais esta.
Mas sempre alguém a entrar pela porta como se eu não tivesse mais nada para fazer, como se eu aqui só para os servir, muitos cafés bebe esta gente.
Eu o dia todo para trás e para a frente, não apagado numa cama de hospital

- cama quatro, ao fundo do corredor

mas aqui, de bandeja na mão a fazer gincanas entre as mesas e a amassar a farda que tu, que agora eu, uma vergonha, duas horas para passar um colete a ferro e mesmo assim sempre com vincos, não quando tu

- Parece novo!

te mostravas a mulher mais feliz do mundo só porque te sorria e te agradecia. Tu sem te importares de me servir, não egoísta como eu a fingir-me simpático para o da mesa dois, ali ao canto

- Faz favor?

1 comentário:

Anónimo disse...

Traga-me lá um café. Em chávena aquecida.