28 de julho de 2006

convalescença

As

- BOAS NOTÍCIAS

continuam a chegar, uma, vinte e quatro, agora quase quarenta e oito horas depois, e nós a continuar a torcer, a acompanhar-vos como podemos, a convalescer também, lentamente, do sufoco que ainda aperta, mas a acreditar, a fazer força para que, a admirar-vos a resistência, a vontade, o querer e o crer, a admirar o trabalho dos médicos, dos enfermeiros, das auxiliares, enfim, da comunidade hospitalar, como quando o apresentador, nas férias de dezembro

- Bem-vindos a mais um natal dos hospitais.

e eu sem perceber a alegria dos acamados, dos que em cadeiras de rodas, dos que de braço ao peito, dos que com sondas, soros e algálias se emocionavam com as televisões, algumas a cores, que a philips portuguesa espalhava pelos centros de saúde e pelos lares de terceira idade, de lagos até bragança.
As

- BOAS NOTÍCIAS

que recebo à distância, sem querer perturbar-vos, a mandar-vos beijinhos e a guardar-me para quando

- mais dois ou três dias

e tudo mais fácl, o pior já passou, agora sempre a direito, um sonho mau que acabou e a vida pela frente, o milagre da vida, uma improbabilidade, um acaso feliz a que nos agarramos porque nós mais nada.