Cá estamos, querida, cá estamos, do lado de fora da janela que quiseste fechar, cá estamos.
Ainda um sobressalto a cada toque do telefone, ainda a expectativa à chegada de quem te foi ver
- Como é que ela está?
E os mensageiros cansados, olheirentos, a acenar que sim, receosos de que não e eles, e nós, sem dar por nada, com medo de que de repente, a história do gato escaldado.
Ainda que por enquanto os telefones só
- Como é que ela está?
e nós sem saber bem, na verdade, mas a acreditar que sim, a querer que sim e a encolher os ombros
- Lá está.
Outros a perguntar por todos, a receitar paciência e força e fé, tomar de oito em oito horas, nós a enganar o boticário e a tomar tudo às colheradas em todos os minutos que estamos à tua espera
- Temos que se aguentar.
Ainda um sobressalto a cada toque do telefone, ainda a expectativa à chegada de quem te foi ver
- Como é que ela está?
E os mensageiros cansados, olheirentos, a acenar que sim, receosos de que não e eles, e nós, sem dar por nada, com medo de que de repente, a história do gato escaldado.
Ainda que por enquanto os telefones só
- Como é que ela está?
e nós sem saber bem, na verdade, mas a acreditar que sim, a querer que sim e a encolher os ombros
- Lá está.
Outros a perguntar por todos, a receitar paciência e força e fé, tomar de oito em oito horas, nós a enganar o boticário e a tomar tudo às colheradas em todos os minutos que estamos à tua espera
- Temos que se aguentar.